Olá meninas, que os tratamentos estéticos á laser estão com tudo, nós já sabemos( eu acho super máximo rs....como diz meu baby). Afinal ele nos auxilia nos tratamentos de:
Rejuvenescimento
Acne
Hidratação cutânea
Olheiras
Flacidez
Manchas
Celulite
Pós Operatório, entre outros
O objetivo desse post, é entendermos como ele age em nosso organismo.
O laser é uma emissão de luz
coerente, monocromática, com grande concentração de energia, capaz
de provocar alterações físicas e biológicas.
A monocromaticidade se da porque a luz
possui um único comprimento de onda que oscila na mesma frequência
e consequentemente apresentam uma única cor, diferentemente da luz
branca que é formada pela composição de várias cores, onde cada
cor corresponde a uma frequência determinada. A coerência da
emissão se da devido ao alinhamento das ondas eletromagnéticas no
tempo e no espaço. A direcionalidade dos fótons em um só sentido é
a coerência de emissão é que possibilitam a elevada concentração
de energia, base para a utilização da radiação laser como
instrumento terapêutico ou cirúrgico.
Os trabalhos de Karu tentam demonstrar
que a fotoestimulação promovida pela radiação laser depende
fundamentalmente da monocromaticidade da emissão, observando
diversos efeitos em função do comprimento de onda e da dose
utilizada.
Não existem fundamentos físicos para
concluir que os efeitos observados são devido a coerência da
radiação. A influência das radiações luminosas, coerentes ou
não, sobre os componentes biológicos atestam que a coerência pouco
interfere nos resultados.
O laser de baixa potência tem sido
usado desde o final da década de 1960, sendo a sua potência de
radiação tão baixa(2 a 30mW) que os efeitos biológicos ocorrem
devido aos efeitos diretos da irradiação e não como resultado do
aquecimento. O seu poder de penetração não vai além de poucos
milímetros, sendo que a sua energia é absorvida nos diferentes
estratos da pele. As diferenças entre os equipamentos de laser
terapêutico e cirúrgico são várias. Além dos diferentes
comprimentos de onda, os quais determinam a sua profundidade de
penetração, a potência é um dos fatores que caracterizam a sua
indicação, sendo necessária a potência de 1 a 5W para a
vaporização dos tecidos superficiais, de 5 a 20W para incisões
superficiais e de 20 a 100W para incisões profundas.
As respostas desencadeadas pela
radiação laser nos tecidos biológicos estão relacionadas com o
cumprimento de onda, regime de pulso e o nível de energia
depositado, os quais vão desde os efeitos bioestimulantes até os
cirúrgicos.
São vários os autores que relacionam
a profundidade da radiação laser com os tecidos biológicos. Todos
são unânimes em afirmar que os estratos biológicos são uma grande
barreira à penetração da radiação óptica. Em relação as
diferentes profundidades, cabe ressaltar que diferentes estudos
relacionam a profundidade de penetração com diferentes porcentagens
de energia. A radiação laser pode atingir entre 9,7-14,2mm com 1%
da energia incidente.
Devido à complexa estrutura dos
estratos cutâneos, há uma grande dificuldade na quantificação
tanto da absorção quanto da penetração da radiação laser. São
quatro os processos que podem estar presentes nos diferentes
segmentos cutâneos: a reflexão, absorção, a transmissão e a
difusão. A pele absorve cerca de 50% do laser incidente a cada
0,4-1,0mm de tecido.
Reflexão:
Pode
ocorrer na interface entre os diferentes estratos, devido a diferença
do índice de reflexão dos mesmos.
Absorção:
Iniciará um processo bioquímico ou bioelétrico. Absorção da
radiação pelos diferentes tecidos dependerá do laser utilizado,
uma vez que cada tecido absorve diferentes comprimentos de onda. Isso
ocorre porque cada comprimento de onda possui um fototropismo
positivo para determinados tecidos. Assim, o laser de HeNe é
absorvido preferencialmente por tecidos vermelhos e o de AsGa por
tecidos preferencialmente brancos ou translúcidos.
Transmissão:
É o percurso da radiação nos diferentes estratos.
Difusão:
Ocorre em parte pelas moléculas, fibras ou células no interior dos
estratos. É dependente das dimensões das partículas que formam o
estrato em relação com o comprimento da onda em que se emite a
radiação.
Embora a radiação laser de baixa
potência não tenha capacidade ionizante, isto é, não rompe
ligações químicas, a sua propriedade de indução fotobiológica é
capaz de provocar alterações bioquímicas, bioelétricas e
bioenergéticas nas células.
Efeito
Bioquímico: A energia absorvida pode atuar de duas
maneiras estimulando a liberação de substâncias pré formadas,
como a histamina, serotonina, bradicinina ou modificando as reações
enzimática normais tanto no sentido de excitação como de inibição.
Por outro lado, inúmeras investigações tem confirmado, que a
radiação laser exerce um estimulo na produção de ATP no interior
das células, originando e promovendo a aceleração das mitoses,
podendo também aumentar o AMPc.
O
efeito bioquímico, em alguns casos, interferem na produção de
certas substâncias como por exemplo as prostaglandinas. É um
mecanismo bastante similar a inibição produzida por outros
antiinflamatórios. Produção hormonal também pode ser alterada,
sendo observado um aumento de T e T em ratas obesas, bem como o
aumento da atividade parótida. Com relação à analgesia, ela pode
ser explicada em parte pela liberação de β
endorfina e serotonina. Finalmente, dentro dos efeitos bioquímicos,
deve-se incluir a ação fibrinolítica.
Efeito
Bioelétrico: São várias as respostas decorrentes
da alteração do potencial elétrico. Como efeito principal está a
normalização do potencial da membrana atuando como um fator de
equilíbrio da atividade funcional celular.
Efeito
Bioenergético: A justificativa da ação do laser
sobre os tecidos biológicos tem sido recentemente dirigida para o
estudo das células ou substâncias que respondem a essa forma de
radiação. O estudo dos fotorreceptores tem direcionado às
pesquisas nas últimas décadas. Eles podem ser divididos em
primários(substâncias fotorreativas) e secundários(estruturas que
respondem ao campo eletromagnético).
Os efeitos primários podem ser
definidos como sendo as respostas celulares decorrente da absorção
da energia e os secundários as alterações fisiológicas que não
afetam somente a unidade celular, mas sim toda a série de tecido.
Diferentes trabalhos mencionam os
efeitos secundários a reparação tecidual; alguns desses efeitos
são: aumento do tecido de granulação; regeneração das fibras
nervosas; neoformação de vasos sanguíneos e regeneração dos
linfáticos; aumento do colágeno após irradiação, das fibras
cruzadas do colágeno e da tensão de ruptura; aceleração do
processo de cicatrização; incremento da atividade fagocitária dos
linfócitos e macrófagos. Nos vários estudos que analisam as
respostas celulares e teciduais frente a estimulação de laser a
referencias a proliferação de fibroblastos e aumento da produção
de colágeno.